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Sinceramente,

Hugo Oliveira

quarta-feira, 8 de maio de 2013


Hoje em dia impera o pressuposto básico da teoria liberal que é a emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma. O liberalismo é contrário à intervenção do Estado na economia. Ou seja, o Estado deveria apenas dar condições para que o mercado seguisse de forma natural o seu curso. Nesse sentido, muitos defensores dessa ideologia apontavam que as nações iriam prosperar. A desejada prosperidade económica e a acumulação de riquezas não seriam concebidas pela atividade rural, nem comercial. Desde sempre que quem defende essa ideologia é a Social-Democracia, ou seja, a Direita Política. Para os sociais-democratas, o elemento de geração de riqueza está no potencial de trabalho, trabalho livre sem ter, logicamente, o estado como regulador e interventor. Outro ponto fundamental é o fato de que todos os agentes económicos serem movidos por um impulso de crescimento e desenvolvimento económico, que pode ser entendido como uma ambição ou ganância individual, que no contexto macro traria benefícios para toda a sociedade, uma vez que a soma desses interesses particulares promoveria a evolução generalizada.
Como temos constatado, o resultado dessa ideologia tem resultado no que vemos hoje em dia. Há cada vez mais um aumento das desigualdades sociais, da diferenciação de oportunidade nos mais vários níveis, da concentração de riqueza num número reduzido de indivíduos e da exploração da população. Por isso, há que imprescindivelmente fomentar a emersão do Socialismo Democrático. Para esclarecer, este refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização económica que desenvolva uma sociedade caraterizada pela igualdade de oportunidades/meios para todos os indivíduos, com um método mais igualitário de compensação. Ou seja, a economia está sob o controlo do Governo. Esta posição tem como objetivo a constante e sustentável aplicação da justiça e ética social. 
A criação de uma sociedade que permite a aplicação generalizada das tecnologias modernas de racionalização da atividade económica, eliminando a anarquia na produção do capitalismo, é sem dúvida o marco principal do socialismo. Isto irá permitir que a riqueza e o poder sejam distribuídos com base na igualdade e na equidade social. O socialismo não é uma filosofia de doutrina e programa fixos. Defende um certo grau de intervencionismo social e de racionalização económica, através do controlo estatal do capital, no âmbito de uma economia de mercado.



4 comentários:

  1. Primeiro, confundes conceitos ideológicos com partidos nacionais.
    A social democracia não é o que tu dizes, pese embora dentro do PSD (não é sinónimo de social democracia)haja uma ala mais à direita e de pendor neoliberal).
    Segundo, como canadiano que sou, ser liberal é ser de esquerda, por no meu País natal o conceito de liberal opor-se a conservador.
    Terceiro, o que falas sobre a produção comercial e rural não é o que diz o discurso neoliberal ou socialismo, é outra filosofia que tem mais a ver com a importância dada aos rendimentos de capital que também são valorizados e muito em partidos de esquerda como os trabalhistas britânicos ou os democratas americanos, para já não falar no PS/PSD de Portugal.
    Pressuponho também que quando falas de socialismo democrático é para fugires àquele problema em que o comunismo usa a palavra socialismo... mas aquele não é sinónimo de socialismo não democrático ou nacionalista, é algo diferente.
    Percebo muito do que queres dizer, mas pecas por uso inadequado do vocabulário ideológico e isso leva a erros do texto.
    Teria sido mais simples se em vez de usares ideologias tivesses usado partidos ou ideias de pessoas que nem sempre são equivalentes ao dos nomes oficiais dos partidos que dirigem.
    Não concordo com tudo o que queres dizer, mas com outras até percebo e não estou tão distante do que pensas.

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  2. Compreendo o seu ponto de vista. Na Europa, os conceitos ideológicos políticos são diferentes dos da América do Norte. Sim, de facto, na América do Norte, os conceitos são genericamente definidos como o senhor diz.
    Mas, aproveito para lhe lançar uma nova questão. Poderá me explicar o porquê das matrizes ideológicas de aplicação ou operacionalização das políticas governamentais continuarem a ser de Esquerda ou de Direita? Faço esta pergunta, porque vejo, em muitas medidas, a ideologia política de Esquerda ou de Direita independentemente das pessoas que estão no Governo. Mas sim, ligado aos partidos que estão no Governo, sejam eles de Esquerda ou de Direita.

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  3. Não sei se percebi bem a pergunta, mas pela resposta o Hugo poderá deduzir se era essa a questão:
    Como tudo o que nos cerca, precisamos de referências, o século XX ficou marcado por bipolarizações de forma muito significativa: democracia/ditadura, ocidente/leste, liberalismo/conservadorismo, socialismo e social democracia/democracia cristã, sendo estes dois últimos binómios fortemente marcantes na política da europa ocidental, ao primeiro bloco de cada um deles se associava o conceito de esquerda e ao segundo de direita e fomos moldados socialmente assim.
    Deste modo em função do país uns aparecem arrumados nos progressistas liberais nos costumes contra os conservadores, aspeto mais evidente nos anglossaxónicos, ou socialismo/socialdemocracia versus democratas cristãos que apelam mais ao individualismo. criaram-se blocos transfronteiriços de tal modo que se age dentro de um bloco internacional com realidades nacionais diferentes.
    Depois torna-se difícil compatibilizar as coisas, um trabalhista britânico está hoje mais próximo da ala direita do PS e esquerda do PSD lusitano do que da ala esquerda do PS, enquanto um socialista francês pouco tem a ver com o social democrata de portugal.
    Para agravar tudo isto, a maioria das pessoas jogam no centro, buscam coisas boas de uns e de outros e ficam nos dois tabuleiros e os políticos vendem o discurso de forma a atrair esta grande franja, com discursos mais populistas quando na oposição e mais impopulares quando no poder, mas Portugal nunca tinha tido um governo de direita pura e dura e o choque foi enorme para este centrão aonde eu próprio me incluo.

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  4. Bem, compreendo e aceito a linha de pensamento que apresenta no seu comentário. Agora, na minha opinião, o mais importante deve ser mais ação e menos discursos populistas. Penso que a política deve ser feita, acima de tudo,com concretização de objetivos. Deixemos de intrigas e politiquice, porque isso não trás nada e apenas é um desviar da atenção no essencial. Por isso, onde eu andei sempre foi com uma visão pragmática das atividades. Porque, o que interessava era os objetivos serem concretizados no mais curto tempo possível. Deixemos de demagogia, porque o que interessa a todas as pessoas é a concretização e ação para o presente e futuro de todos nós seja sustentável e qualitativamente positivo.

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