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Hugo Oliveira

terça-feira, 6 de maio de 2014

'SAÍDA LIMPA'?


Até aos dias de hoje, esta é a terceira vez que o Fundo Monetário Internacional (FMI) passa por Portugal.

Fazendo a contextualização, o FMI, aliado ao Banco Central Europeu e à Comissão Europeia, realiza a ajuda económica e financeira aos países que pediram ajuda para reestruturar e organizar as suas contas.

Na prática, essa ajuda é realizada com a contrapartida de os governos daqueles países aprovarem determinadas medidas com o único objetivo de salvaguardar o dinheiro emprestado acrescendo o valor monetário da taxa de juro, os ditos ganhos da operação.

Ao realizar uma análise transversal pelo mundo, passando pela América do Sul e Central, África e Europa, a intervenção do FMI, com base na ideia acima apresentada, tem a consequência de aumentar o desemprego, a pobreza, e a diferença social e económica das ditas classes sociais. Apesar de apenas corrigir a vertente económica de um determinado país, aquela intervenção esquece-se de que um país é constituído por indivíduos.

No caso português, podemos constatar que, na vertente económica, o défice de Portugal aumentou. Situação que levará Portugal a continuar a precisar de dinheiro para pagar os seus encargos, que poderemos dizer que são: as dívidas, os custos correntes de funcionamento, entre outros. Não esquecemos que Portugal necessita de ir aos mercados para pedir dinheiro emprestado para pagar as suas dívidas, já que existem e até são bastantes significativas.

Pode o Governo da República dizer que a saída da Troika é limpa, mas, não é! Não se deixem iludir. Pois, antes da intervenção da Troika, Portugal continuava a ir aos mercados para pagar as suas dívidas. Se repararmos, a situação da intervenção da Troika surge após uma incapacidade do país de conseguir ir aos mercados, pois, ninguém queria emprestar dinheiro a Portugal. Por outro lado, devo confessar que, na minha perspetiva, foi um jogo de interesses estrangeiros que ao fazerem lobby em Portugal conseguiram criar instabilidade, nos mais diversos níveis. Isto concretizou-se numa descida de ranking de Portugal que acabou por levar ao pedido de ajuda externa. Devo explicar que é essa a classificação que permite dar segurança aos credores ou países que emprestam dinheiro para o realizarem.

Não esqueçamos que tivemos que vender empresas públicas como a EDP, por exemplo, ao interesse estrangeiro. Setor bastante estratégico, ao nível das potencialidades energéticas, e fiável, na perspetiva económica, tendo em conta o retorno financeiro do investimento realizado. Será que não foi de interesse estrangeiro conseguir controlar e manipular a “porta de entrada” da Europa e de saída para o mundo através do mar?

Levanta-se muitas questões. Mas, depois disto, Portugal está mais pobre! Sem dinheiro nos bolsos para assegurar o seu funcionamento. Pelos vistos, terá que ir aos mercados pedir empréstimos. Situação que levará novamente, no futuro, à intervenção da Troika. Infelizmente! Temos de ser independentes. Temos imenso potencial, tal como o mar, a capacidade de criar e de inovar tecnologicamente e não só. Temos de ser empreendedores, sendo o primeiro a concretizar os projetos. Esse poderá ser o caminho! Sejamos fortes!